quarta-feira, 21 de maio de 2008

Fernando Pessoa


A leitura de Fernando Pessoa nos faz perceber a sua extraordinária plasticidade. Pessoa, não era apenas Fernando, se multiplicava como para suprir a defasagem cultural portuguesa frente aos outros países europeus no início do século XX.

Possui a singular característica de proporcionar ao leitor a possibilidade de exteriorizar suas emoções, canções e sonhos.



Arte

“ A Arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação. O que sinto, na verdadeira substância com que o sinto, é absolutamente incomunicável; e quanto mais profundamente o sinto, tanto mais incomunicável é. Para que eu, pois, possa transmitir a outrem o que sinto, tenho que traduzir os meus sentimentos na linguagem dele, isto é, que dizer tais coisas como sendo as que eu sinto, que ele, lendo-as, sinta exactamente o que eu senti. E como este outrem é, por hipótese de arte, não esta ou aquela pessoa, mas toda a gente, isto é, aquela pessoa que é comum a todas as pessoas, o que, afinal, tenho que fazer é converter os meus sentimentos num sentimento humano típico, ainda que pervertendo a verdadeira natureza daquilo que senti”.