domingo, 7 de dezembro de 2008

Quem paga a conta?

Os recentes desastres causados pela chuva no Brasil, especialmente em Santa Catarina mas também no Rio de Janeiro e Espírito Santo, podem servir de lição para pensarmos como as mudanças climáticas causadas pelo homem através do uso indevido dos recursos naturais, da emissão de gases nocivos ao meio ambiente, da grande produção de lixo, entre outros, relaciona-se com estas catástrofes.

O Brasil é um Estado que possui hoje uma capacidade de responder rapidamente a calamidades como estas, além é claro de estar estrategicamente bem relacionado com as potências mundiais. E aqueles Estados que assim não estão? Quem responderia por sua população? Instituições transnacionais se responsabilizariam? Mas quem arcaria com os custos?

Se os Estados mais desenvolvidos e alguns em desenvolvimento são os principais poluidores e destruidores ferozes do meio-ambiente, por que não ser responsabilizados pelos efeitos destrutivos das “respostas” da natureza?

Enquanto esta questão permanecer fora das discussões e agendas dos principais atores políticos da atualidade, reforça-se a capacidade destrutiva dos países ricos e potencializa-se o desrespeito aos Direitos Humanos básicos à grande parcela da humanidade nos países pobres.