terça-feira, 24 de novembro de 2009

Qual é o lugar da mulher?

As mulheres, assim como outras “minorias” em nossa sociedade, vêm chamando a atenção, não apenas para os direitos e inclusão conquistados, mas principalmente pelos ainda por vir.

Na semana passada, ganhou grande repercussão internacional, a escassez de candidatas para ocupar os dois cargos mais altos da União Europeia. “O poder estaria nas mãos dos homens, que o dividiriam entre si”. Esta indignação das eurodeputadas me fez lembrar o curto tempo em que prestei serviços para a Caixa Econômica Federal há alguns anos atrás. Os rumores nos corredores eram sobre as dificuldades criadas pelo “Clube do Bolinha” à promoção das mulheres ao cargo de gerente geral das agências do Espírito Santo. As redes “silenciosas” criadas pelos homens cria inconvenientes às mulheres, que normalmente precisam ser muito mais qualificadas para ascenderem profissionalmente.

Esta semana a visita do presidente iraniano Amadinejah, gerou forte protesto no Brasil sobre o lugar dos homossexuais e mulheres na sociedade iraniana. Ao contrário do preconceito no mundo ocidental, já que aqui a “liberdade” impera e a discriminação não deve ser velada, lá, a injustiça é explícita, típica falta de liberdade de regimes ditatoriais.


"Sementes de romã douradas"

No fim do mês passado foi exibido pela Al-Fajer TV, a cadeia de televisão de Tulkarem, norte da Cisjordânia, um documentário de 15 minutos, intitulado "Sementes de romã douradas", dedicado ao tabu do incesto com a pretensão de suscitar o debate sobre o lugar da mulher na sociedade. A grande maioria da violência sofrida pelas mulheres ocorre dentro de suas casas, e a repressão às mulheres na Cisjordânia as impede de denunciar. Após a exibição do filme aumentou sensivelmente as denúncias contra os abusos, resta saber se serão devidamente apuradas e julgadas.