“O quase fim do mundo” de Pepetela não me emocionou como esperava. Por vezes sentia-me em Macondo, a pequena aldeia de Garcia Marquez em “Cem Anos de Solidão”, por outras notava certas influências de Saramago em “Ensaio sobre a cegueira” e até mesmo do romance setecentista de Daniel Defoe, “Robinson Crusoé”. Um título e uma idéia fascinantes que perderam-se por falta de criatividade e bons diálogos.
Todavia a originalidade ganha força com a narrativa. Os narradores entrelaçam-se com muita habilidade, fazendo de uma leitura menos atenta, uma confusão de significações.