quarta-feira, 25 de julho de 2007

Revistas

Em uma Nação em que a corrupção se torna corriqueira, que acaba sendo banalizada e transformada em algo normal e inevitável, se torna relevante destacar o papel de algumas revistas capazes de expor fatos e acontecimentos sem se vender, mesmo que suas ideologias sejam expostas. Elas vão de encontro à atual escassez de conteúdo que acrescente algo de útil aos leitores nos aspectos: cultural, político e filosófico.






segunda-feira, 16 de julho de 2007

E o Pan, vale a pena?

O esporte é uma das maneiras mais eficientes na inclusão social dos marginalizados. Ele traz a esperança e transforma a vida dos esportistas, de suas famílias e comunidades. O esporte é muito mais que lazer e saúde, ele é uma das formas mais eficazes de transformar uma sociedade, disputando ferozmente a vida de meninos e meninas, homens e mulheres, com o crime organizado, o tráfico de drogas, a prostituição...

O Pan do Brasil seria uma forma de impulsionar esse processo, mas o que se vê são: troca de favores; desperdício; interesse em projeção internacional etc.

O primeiro medalhista dourado do Brasil neste Pan, o lutador Diogo Silva desabafou na coletiva de imprensa. A Confederação Brasileira de Taekwondo paga a ele 600 reais por mês, normalmente com três meses de atraso. Na véspera do Pan, os pagamentos ficaram em dia.Enquanto isso os gastos do Governo chegam a quase 3 bilhões de reais, uma cifra assustadora em um país que atrasa 600 reais a um dos principais atletas de sua modalidade.

A candidatura brasileira para sediar o Pan venceu a estadunidense com um plano que não foi cumprido. A despoluição da lagoa Rodrigo de Freitas e da baia de Guanabara, bem como uma nova linha de metrô ligando o centro ao Engenhão não foram realizados. Os gastos públicos que seriam em torno de 700 milhões, foram ascendendo cada vez mais, já que a iniciativa privada não cumpriu sua parte. A imagem do país que pretende sediar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 não pode ficar desgastada, e o Governo bancou.

E a mídia nacional não noticia, principalmente a televisão aberta. As emissoras compram os direitos dos jogos e preferem ignorar os relatórios do Tribunal de Contas da União indicando estouro de orçamento e atraso em obras.

Ignoram também os escândalos envolvendo troca de favores e licitações. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro é Carlos Arthur Nuzman. A figurinista da equipe olímpica brasileira é Mônica Conceição, sua cunhada. A agência de turismo que presta serviços ao COB é de Cristina Lowndes, amiga de Nuzman, que venceu uma licitação bastante contestada.

Marcus Vinicius Freire, diretor do COB, representa no Brasil a AON Seguros, que faz o seguro das delegações do próprio COB. Sócio de Alexandre Accioly, que ganhou o direito de comercialização dos bilhetes do Pan.

O que provavelmente a imprensa preferirá mostrar é o provável recorde de medalhas brasileiras, em esportes pouco tradicionais, já que países como os EUA, Canadá e até a Argentina mandarão segundas ou terceiras equipes em várias modalidades.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Max Weber: Política e Religião

Max Weber (1864-1920), o grande sistematizador da Sociologia na Alemanha, nasceu em um período em que seu país ingressava tardiamente no desenvolvimento industrial europeu. A falta de uma unidade política estruturada fez com que o desenvolvimento do pensamento burguês na Alemanha sofresse grande influência de outras correntes filosóficas, bem como da Antropologia e da História. O contato com a diversidade cultural fez com que fosse valorizado o estudo da “diferença”, e a herança puritana determinou o esforço interpretativo.

Weber propunha o método compreensivo, onde o cientista através da pesquisa histórica daria aos fatos esparsos um sentido social e histórico. Ao mesmo tempo em que se respeitavam as particularidades de cada sociedade ressaltavam-se os elementos mais gerais de cada fase do processo.

Uma leitura essencial do teórico é sua obra: “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”. Segundo o autor, a religião e a sociedade se interligam não por meios institucionais, mas através de valores introduzidos nos homens, motivando-os a agir socialmente. No caso do protestantismo a motivação seria o trabalho.

Weber mostra como o protestantismo se relaciona na formação do comportamento capitalista. Percebendo, através de seus estudos o grande número de protestantes que eram bem sucedidos no trabalho e mão-de-obra qualificada. Estabelece então, relações entre os valores da doutrina como a poupança, a disciplina ascética, o dever e a vocação ao trabalho entre outras, com as implicações no comportamento dos indivíduos e o desenvolvimento capitalista.

Os filhos das famílias protestantes eram educados voltados às atividades mais lucrativas. Constituía-se uma nova mentalidade, oposta a contemplação e a renúncia.

Podemos dizer que depois de seus estudos passou-se a valorizar a pesquisa histórica para se compreender as sociedades, dando-se atenção ao papel da subjetividade.

quarta-feira, 4 de julho de 2007