segunda-feira, 9 de abril de 2007

Auto-Retrato de Cabelo Cortado


Cores, sofrimento, alegria, marcam a vida e a obra de uma das mais significativas artistas do século passado. Dentre o legado artístico de Frida Kahlo (1907-1954) pode-se destacar o Auto-Retrato com Cabelo Cortado (1940), por sua beleza e riqueza de significados.

Os cabelos cortados mostram um grito de liberdade, indo de encontro aos valores culturais pré-estabelecidos de beleza feminina e do lugar da mulher na sociedade. Frida ultrapassa fronteiras, questionando as relações não só de gênero, mas também internacionais entre México e os Estados Unidos.

Os cabelos espalhados podem ser vistos como a dor que sente ao descobrir o romance entre seu marido Diego Rivera e sua irmã Cristina, simbolizando a desordem e a falta de orientação pela qual passava.

Garantindo múltiplas interpretações de sua obra, Frida Kahlo alinhava por vezes a imagem com as palavras. No Auto-Retrato de Cabelo Cortado ela escreve: “Mira que si te quise, fué por el pelo, ahora que estás pelona, ya no te quiero” (Olha se te amei foi pelo teu cabelo, agora que estas careca, não te amo).

2 comentários:

Maíra Mello disse...

Texto:

Preciso assistir ao filme sobre Frida. O que conheço é apenas o que ouço falar, como o texto que você escreveu. Um motivo para que eu pesquise a respeito.

Livro que está lendo:

Simplesmente adoooro esse livro. Já li duas vezes. Vale lembrar que Fernanda Torres está em cartaz com um monólogo baseado nele. Pena que é em São Paulo. Mas, luxúria, livro, teatro e Fernanda Torres, tudo isso misturado, coisa ruim que não pode ser. Pelo contrário!!

Bjos (adoro passar por aqui!)

Anônimo disse...

Cores de Almodóvar, cores de Frida Khalo, cores...